sexta-feira, 4 de julho de 2014

Hopi Hari - A ENGANAÇÃO

Este é um relato do passeio que eu, minha esposa e minha filha fizemos domingo, dia 29/06/2014, no parque Hopi Hari.

Desastrosa, uma porcaria, somos trouxas, Por quê? Vou explicar:




Ganhei um passaporte duplo em uma promoção, Opa! Que legal! Não conhecemos o parque, vamos aproveitar, então, Comprei um passaporte para minha filha, ela tem 7 anos, o preço é o mesmo para adulto, hoje em promoção, paga um ingresso entram duas pessoas, pra mim não mudou nada, pois somos em 3, Preço R$ 79,00 + 50,00 combustível, 15,00 de pedágio ida e volta, agora pasmem,  40,00 de estacionamento. Ah! Mas... beleza...a minha entrada e a da minha esposa foram de graça... Ao passamos pela catraca tenho certeza que vi uma nuvem negra, em formato de caveira com chifres, e de ter escutado uma gargalhada satânica...

                O parque abre às 11:00 e fecha às 19:00. Entramos. Giranda Mundi ou roda gigante, fechada. La Tour Eiffel, fechada. Kastel di Lendas, fechado. Katapul, fechado. Eléktron, fechado. Ekatomb, fechado. E mais um monte de atrações. Fomos até a montanha Russa, a fila já estava com mais de 100 metros fora da entrada do brinquedo, portanto, umas 4 horas de espera, como minha filha, com 1,20 m, de altura,  não poderia entrar  fomos procurar outros brinquedos,  como já relatei a maioria estava fechado.

- Olha que legal! Um Carrossel! (Giranda di Musik) – disse entusiasmado à minha filha.  Esse está funcionando... ela foi duas vezes. 

Spleshi estava funcionando, fila curta, uns 20 min, um banho de água fria e ficamos ensopados, valeu pela reação da minha filha na hora da descida e do banho (acho que foi a melhor parte do passeio).  Já que estávamos molhados fomos até o Rio Bravo, que de bravo só o nome. A banheira de hidro da minha última ida ao motel foi muito mais violenta que o Rio. Bom, fila, quanto tempo? A partir deste ponto, 4 horas, dizia a placa. - putzz, vamos a outro.

Katakumb: Atração de terror, isso é o que eles dizem. Ingresso a parte, 10,00 por pessoa. A minha filha passava na régua. Beleza, só faltava convencê-la. 

- Vamos? - perguntei a ela. - É terror... tudo bem?

- Aham...

- Se entrarmos não tem volta...

– Como assim, Terror? - perguntou ela. Minha esposa virou e falou: Sabe aquele filme dos zumbis, que sobem no prédio e pulam no helicóptero? (World War Z) É igual. Eu pensei, nossa, será????

– Quero, quero sim.

A mulher do caixa já foi logo avisando, “Não devolvemos o dinheiro se houver desistência”...

- Mas é muito forte? - perguntei.

– É terror...  – balançou os ombros

Compramos o ingresso e ficamos na fila apreensivos. Minha filha, 7 anos, nunca havia presenciado tal representação “AO VIVO”. Na TV é diferente. Virei para ela:

- Filha, sabe o desenho do Scoob Doo?

- Sei...

- O que tem dentro do monstro?

 – Uma pessoa.

– Ótimo! Aqui é a mesma coisa.  – eu tentava amenizar um possível trauma.

Entramos. Tudo escuro, fomos andando, algumas garotas atrás da gente gritavam sem motivo e perguntavam se estava tudo bem com minha filha, quatro caras com groselha no rosto e alguns trapos, faço maquiagem de terror muito melhor, saímos e... ficamos esperando algo acontecer e nada. Talvez se tudo estivesse iluminado e baratas voadoras aparecessem no recinto seria mais emocionante.

– E aí filha?

– Ah pai, foi ridículo... 

Palavras da minha filha.

- Estou com fome. – disse ela logo em seguida.

– Bora comer cachorro quente.

 Isso sim foi assustador. Um Cachorro quente, com duas salsichas no pão, uma salpicada de batata palha, uma colher de molho, um saquinho da batata Hufles de 100 g e um refrigerante de 600ml. Atenção! Não se assustem... R$ 20,90.  Só o Cachorro quente, 13,90. Uma coisa começou a me incomodar, o por quê dos 90 centavos no preço do lanche.
Depois de lancharmos fomos ao Carrossel outra vez, de lá fomos até a xícara maluca. Na versão do Parque são latas de tinta, Lokolorê. Fiquei de fora. Fico tonto só de ver a água girando no ralo da pia, imaginem só se entro nessa atração. Vi meu vômito voando em círculos e atingindo todos ao meu redor. Tudo em câmera lenta - Não to fora!

- Aonde iremos agora?

Rio Bravo: Outra experiência assustadora. Chegamos ao brinquedo 14:59 ele fechava às 15:00, entramos e mais umas 9 pessoas atrás da gente. Em seguida dois funcionários atravessaram dois bancos na entrada. Se fosse uma guilhotina cortava o ultimo cara ao meio:

-Olha! Legal a fila já está lá na frente!

- Tá vendo? É melhor chegar um pouco antes de fechar, fica mais vazio... – disse minha esposa.

Ledo engano, demoramos 3:30 hs para entrar no bote, e míseros 6 minutos de rio bravo “corredeira”. Um frio de lascar. As bolas do meu saco pareciam aquele brinquedo bate-bate (duas bolas nobarbante, objetivo: bater uma bola contra a outra) de tanto que eu tremia. Saímos do bote e deixei cair à blusinha da minha filha em algum lugar que até agora não sei qual, acho que foi quando fiquei absorto em meus pensamentos tentando entender o por quê dos 90 centavos. Custo da blusinha 49,00 e uma baita choradeira da minha filha. Deixamos a atração às 18:35, detalhe, o parque fechava às 19:00. E minha filha chorando.

- Compramos outra...

- Eu quero a blusa! Vou usar amanhã...

- Mas estava suja e molhada...

- Eu vou usar amanhã...

- Olha! Barracas pra ganhar prêmios!?!? Vamos lá...

- Eu quero a minha blusa... – e o choro continuava.

Frustrados por termos ido a apenas 2 brinquedos “legais”, decidimos parar nas barracas de tiro ao alvo: Furar bexigas, derrubar latinhas e pescaria. Minha filha ainda chorava, fomos brincar nas atrações: 10,00 cada – A cada 10 bexigas estouradas ganhava-se um bichinho de pelúcia, acertei 8 – Derrubar todas as latinhas idem, ficaram 2. Ganhamos 20 pontos de bonificação para trocar por um brinde simbólico.

 – Olha que legal filha! Dá para trocar por um brinde! – tentei alegrar minha filha, que ainda tinha os olhinhos cheios de lágrimas.

 – SIMBÓLICO! - repetiu a funcionária da atração.  E emendou... – Leva ela na pescaria, lá ela ganha o prêmio na hora. – lá fomos nós.

– Nossa!  Porque a pequena está triste? – perguntou a atendente da pescaria, toda sorridente. Minha filha nada falou.

– Perdemos uma blusa dela no Rio Bravo. – justifiquei. Se minha filha tivesse uma arma na mão tinha atirado em mim.

– então vamos brincar pra ficar feliz!

 1ª vez pegou um peixe, ganhou uma caneca de plástico = 10,00. 2ª vez, outro peixe, uma bola de plástico. Lembram daquelas bolas enormes do Playcenter???? Então, não era uma daquelas, era uma pequena, uma bexiga seria mais legal. Sensibilizado, um rapaz que estava no atendimento disse:

 - Olha, se eu fosse você, - olhou para minha filha e depois piscou para mim. – Eu pescava este peixinho aqui.  – apontou.

Foram-se mais 10,00.

- Eeeee viva! Um bichinho de pelúcia... E fomos trocar no guichê. Uma caneca, uma bola roxa, para combinar com as minhas, lembram da tremedeira? E uma pelúcia. Opa! Íamos esquecendo, temos 20 bônus...  Putzz! E aqueles 90 centavos? Por quê?

– vão querer trocar?

– Não vamos acumular. Adorei tanto esse parque que vamos voltar todos os dias da semana... Disse enquanto dava canecadas na atendente, mas... era só no pensamento. Voltei à realidade.

– Pode escolher! Tem rosa, dourada, prateada, roxa, verde...

– Escolher o quê?

 – O prêmio simbólico... – sabe aquelas pulseira que quando você bate no braço enrola? Era uma dessas. Se a atendente tivesse dado uma amigo imaginário para minha filha seria mais legal.  Ah! Adivinha a cor que ela escolheu? Roxa

Bom, minha filha estava mais calma, afinal de contas, GASTEI 50,00 e ganhos uma caneca, uma bola roxa, uma pelúcia para por no pescoço e uma pulseira roxa, de enrolar.

Na saída, mais um lanche, esse foi mais barato, 20,00. Nossa! Acho que eles se tocaram, tiraram aquele absurdo dos 90 centavos, e ainda ganhamos três vouchers para trocar por passaportes, e, vejam só,  voltar de graça!!!!  Isso mesmo, voltar de graça!

– Vale pro estacionamento também?

– Não só para os brinquedos.

– Todos????

 – Menos as atrações pagas...

– Como aquela do TERROR???????

- Sim...

Fomos para o carro, mandei minha filha sentar na cadeirinha e colocar o cinto. Liguei o som, AC/DC  - Highway to Hell. Manobrei, era uma descida, acelerei, arrebentei uma barreira de proteção e segui em direção ao cara que distribuía os vouchers, as pessoas corriam de um lado para o outro, minha esposa gritava, minha filha chorava... Alguém atacou um copo de refrigerante no para brisas... Senti um beliscão... e voltei à realidade. Passamos a catraca calmamente e fomos embora.

Na volta, decidi pegar a Marginal Pinheiros, errei a entrada, fui parar em Barueri. Gastei mais 7,00 de pedágio. Parei o carro voltei até a guarita, sentei na mureta onde ficava a cancela, abri as pernas e mandei a moça descer a barra com toda força. Uma buzina me fez voltar à realidade mais uma vez.

Piadas a parte. Sinto muito, mas esse parque é “pega trouxas”, uma safadeza sem tamanho. Não sei se já foi melhor, ou nós que tivemos muito azar, pelos relatos que busquei na internet, acho que não. O parque tem problemas.

Meus caros amigos, NÃO CAIAM NESSA FURADA!

O lance do parque é ganhar grana no estacionamento, que tem vagas para 5.000 carros. O tamanho é quase ou igual ao tamanho do parque, e, também, na comida que é um absurdo. Uma garrafa de água mineral de 500ml R$ 5,00.
Funcionários desmotivados, muitos aparelhos desligados, quiosques fechados. Decadente eu diria. Nenhum palhaço ou alguém fantasiado para brincar com as crianças. Nada! Aonde estavam os habitantes do tal País?
Outra coisa deixou-me pasmo, o tal do VIP Pass. Além de você comprar o passaporte, você pode adquirir o VIP PASS, você compra, por mais 25,00, o direito de furar a fila. É isso mesmo que você entendeu. Tem grana? Pode furar a fila. Enquanto nós, os trouxas, ficamos 4 horas na fila, o cara que comprou o VIP entra direto. É o Hopi Hari ensinando o jeitinho brasileiro. Impõe dificuldades para vender facilidades.
Estamos muito, mas muito longe de termos um parque temático que preste aqui em terras tupiniquins.
Áureos tempos aqueles do Playcenter.  Ou será que eu era mais moleque e não prestava atenção nessas coisas?

Custo do passeio
Um passaporte – “Gratis”
Um passaporte - 79,00
Pedágio (já contabilizado meu erro) - 22,00
Estacionamento – 40,00
Brinquedos pagos - 80,00
Lanches- 68,70
Combustível - 50,00
Blusinha perdida - 49,00
Total – R$ 388,70 ( até o presente momento não engoli aqueles 0,90 no preço dos lanches)

Chegada ao parque 11:35
Saída do parque 19:15

Tempo gasto dentro das brincadeiras (Spleshi, Katakumb – Aquele do “terror”, Lokolorê – Xícara Maluca, Giranda di Musik – Carrossel, Barraquinhas de brincadeiras, só 3 funcionando) +ou- 55 minutos

Tempo gasto em deslocamentos entre brinquedos e “FILAS” +ou- 6 horas

R$ 388,70 por 55 minutos de diversão. Essa conta está certa?

(Ok,ok assumo o erro, o pedágio que paguei por ter errado o caminho. Menos 7,00 e a blusinha perdida, menos 49,00)

R$ 332,70 por 55 minutos de diversão meia boca

Tenho 3 Vouchers para entrada gratuita. Se alguém quiser é só entrar em contato

12 comentários:

  1. Deuzulivre, Hopi Hari, nem de graça!!
    Admitido que ri ao ler seu relato, mas ri de desgosto, sabe? Também sou "do tempo do Playcenter". E lá a gente brincava, sim!
    Olha, esse parque está com muitas dificuldades. Mês passado perdeu o registro de Cia Aberta no CVM. A Bovespa parou de negociar as ações.
    Sei não... acho que esse parque vai ser vendido de novo. Ou fechar as portas. Há anos opera em prejuízo.

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    1. Se não gosta não vai, acha que o Hopi Hari eh da aqueles parquinhos de festas??? Se toca, não gostou guarda pra vc e não vai mais

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  2. Acho que você deu muito azar mesmo... Sempre gostei dos Paly e do Hopi ... Os dois são ótimos, é que o play era mais zuera! Concordo que o hopi hari é bem mais caro, mas se você der a sorte de ir no dia certo, você anda em todos os brinquedos e até repete!!

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  3. Se for para ser por sorte, melhor tentar a mega sena que será mais fácil ganhar, O que deveríamos fazer é exigir que o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO seja honesto e decente e tome as medidas para prender os administrares do Hopi Hari, pois são estelionatários e não empresários do setor de lazer e diversão. Devemos ingressar com ação nos Juizados Especiais para buscar os devidos ressarcimentos e solicitar que o juiz oficie ao Procurador Geral da Justiça do Estado de São Paulo encaminhando cópia para as devidas providências. Fui numa férias no Beto Carreiro World, lá sim foi uma maravilha... também, não tem essa de ninguém pagar para furar fila...

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  4. Kkkk muito legal seu post , também já passei por isso no beto carreiro , a diferença eh q lá funciona quase td , mas fui em alta temporada, fila quilométricas , nem se compara com aí, da até desgosto , de ir no parque e ir em poucos brinquedos. ...e a comida muito cara. não aproveitei nada com meu filho ��

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  5. Ainda tem os voucher sempre gostei de ir pro hopi....

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  6. Amigo..... a vida é assim ... vai p Disney .... ai vc vai ver o que é gastar .... e nossa perder esse tempo para expor tudo isso ... kkkkkkkkkk brincadeira até parece que esta sendo pago para foder com o Parque que ja foi o melhor da america latina hoje com dificuldades e ainda sim dando emprego e sobrevivendo ....

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    1. Flavio, nao viaja, o parque esta uma bosta

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  7. Parque de verdade se chama CEDAR POINT em Ohio USA. Diversão garantida sem limites, vale cada centavo.

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  8. Nossa! Não me leve a mal, mas ri muito aqui! 😂😂😂
    Depois desse seu "textão" até desanimei... Mas minha amiga quer ir... Ainda tem os "Vouchers"? 😁 =)

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  9. PERGUNTE PRA SUA FILHA SE ELA GOSTOU...
    NÃO SE PODE RACIONALIZAR A VIDA!
    VC VIU OS OLHINHOS DELA? TINHAM ALGUM BRILHO?

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  10. Você escreve muito bem, eu ri alto em vários trechos do seu texto. Estive no hopi Hari em 2001, estava novo e tudo funcionava. Mas eu lembro que era tudo caro mesmo: a comida, as lembrancinhas... Acho uma pena o parque estar quase fechando agora com duas ou três atrações funcionando, funcionários em greve por falta de pagamento e os restaurantes do parque fechado. Creio que muito em breve eles vão acabar fechando o parque de vez, e vândalos vão roubar o que restou, pixar tudo lá dentro e depois destruir a estrutura. Lamentável!

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