Este é um relato do passeio que
eu, minha esposa e minha filha fizemos domingo, dia 29/06/2014, no parque Hopi
Hari.
Desastrosa, uma porcaria, somos
trouxas, Por quê? Vou explicar:
Ganhei um passaporte duplo em uma
promoção, Opa! Que legal! Não conhecemos o parque, vamos aproveitar, então, Comprei
um passaporte para minha filha, ela tem 7 anos, o preço é o mesmo para adulto, hoje
em promoção, paga um ingresso entram duas pessoas, pra mim não mudou nada, pois
somos em 3, Preço R$ 79,00 + 50,00 combustível, 15,00 de pedágio ida e volta,
agora pasmem, 40,00 de estacionamento.
Ah! Mas... beleza...a minha entrada e a da minha esposa foram de graça... Ao
passamos pela catraca tenho certeza que vi uma nuvem negra, em formato de
caveira com chifres, e de ter escutado uma gargalhada satânica...
O
parque abre às 11:00 e fecha às 19:00. Entramos. Giranda Mundi ou roda gigante, fechada. La Tour Eiffel, fechada. Kastel di Lendas, fechado. Katapul, fechado. Eléktron, fechado. Ekatomb, fechado. E mais um monte de atrações. Fomos até a montanha Russa, a fila já
estava com mais de 100 metros fora da entrada do brinquedo, portanto, umas 4
horas de espera, como minha filha, com 1,20 m, de altura, não poderia entrar fomos procurar outros brinquedos, como já relatei a maioria estava fechado.
- Olha que legal! Um Carrossel! (Giranda di Musik) – disse entusiasmado
à minha filha. Esse está funcionando... ela
foi duas vezes.
O Spleshi estava funcionando, fila curta, uns 20 min, um banho
de água fria e ficamos ensopados, valeu pela reação da minha filha na hora da
descida e do banho (acho que foi a melhor parte do passeio). Já que estávamos molhados fomos até o Rio
Bravo, que de bravo só o nome. A banheira de hidro da minha última ida ao motel
foi muito mais violenta que o Rio. Bom, fila, quanto tempo? A partir deste
ponto, 4 horas, dizia a placa. - putzz, vamos a outro.
Katakumb: Atração de terror, isso é o que eles dizem.
Ingresso a parte, 10,00 por pessoa. A minha filha passava na régua. Beleza, só
faltava convencê-la.
- Vamos? - perguntei a ela. - É
terror... tudo bem?
- Aham...
- Se entrarmos não tem volta...
– Como assim, Terror? - perguntou
ela. Minha esposa virou e falou: Sabe aquele filme dos zumbis, que sobem no
prédio e pulam no helicóptero? (World War Z) É igual. Eu pensei, nossa, será????
– Quero, quero sim.
A
mulher do caixa já foi logo avisando, “Não devolvemos o dinheiro se houver
desistência”...
- Mas é muito forte? - perguntei.
– É terror... – balançou os ombros
Compramos o ingresso e ficamos na
fila apreensivos. Minha filha, 7 anos, nunca havia presenciado tal
representação “AO VIVO”. Na TV é diferente. Virei para ela:
- Filha, sabe o desenho do Scoob
Doo?
- Sei...
- O que tem dentro do monstro?
– Uma pessoa.
– Ótimo! Aqui é a mesma coisa. – eu tentava amenizar um possível trauma.
Entramos. Tudo escuro, fomos
andando, algumas garotas atrás da gente gritavam sem motivo e perguntavam se
estava tudo bem com minha filha, quatro caras com groselha no rosto e alguns
trapos, faço maquiagem de terror muito melhor, saímos e... ficamos esperando
algo acontecer e nada. Talvez se tudo estivesse iluminado e baratas voadoras
aparecessem no recinto seria mais emocionante.
– E aí filha?
– Ah pai, foi ridículo...
Palavras da minha filha.
- Estou com fome. – disse ela
logo em seguida.
– Bora comer cachorro quente.
Isso sim foi assustador. Um Cachorro quente,
com duas salsichas no pão, uma salpicada de batata palha, uma colher de molho,
um saquinho da batata Hufles de 100 g e um refrigerante de 600ml. Atenção! Não
se assustem... R$ 20,90. Só o Cachorro
quente, 13,90. Uma coisa começou a me incomodar, o por quê dos 90 centavos no
preço do lanche.
Depois de lancharmos fomos ao Carrossel
outra vez, de lá fomos até a xícara maluca. Na versão do Parque são latas de
tinta, Lokolorê. Fiquei de fora. Fico tonto
só de ver a água girando no ralo da pia, imaginem só se entro nessa atração. Vi
meu vômito voando em círculos e atingindo todos ao meu redor. Tudo em câmera
lenta - Não to fora!
- Aonde iremos agora?
Rio Bravo: Outra experiência
assustadora. Chegamos ao brinquedo 14:59 ele fechava às 15:00, entramos e mais
umas 9 pessoas atrás da gente. Em seguida dois funcionários atravessaram dois
bancos na entrada. Se fosse uma guilhotina cortava o ultimo cara ao meio:
-Olha! Legal a fila já está lá na
frente!
- Tá vendo? É melhor chegar um
pouco antes de fechar, fica mais vazio... – disse minha esposa.
Ledo engano, demoramos 3:30 hs
para entrar no bote, e míseros 6 minutos de rio bravo “corredeira”. Um frio de
lascar. As bolas do meu saco pareciam aquele brinquedo bate-bate (duas bolas nobarbante, objetivo: bater uma bola contra a outra) de tanto que eu tremia. Saímos
do bote e deixei cair à blusinha da minha filha em algum lugar que até agora
não sei qual, acho que foi quando fiquei absorto em meus pensamentos tentando
entender o por quê dos 90 centavos. Custo da blusinha 49,00 e uma baita
choradeira da minha filha. Deixamos a atração às 18:35, detalhe, o parque
fechava às 19:00. E minha filha chorando.
- Compramos outra...
- Eu quero a blusa! Vou usar
amanhã...
- Mas estava suja e molhada...
- Eu vou usar amanhã...
- Olha! Barracas pra ganhar
prêmios!?!? Vamos lá...
- Eu quero a minha blusa... – e o
choro continuava.
Frustrados por termos ido a
apenas 2 brinquedos “legais”, decidimos parar nas barracas de tiro ao alvo:
Furar bexigas, derrubar latinhas e pescaria. Minha filha ainda chorava, fomos
brincar nas atrações: 10,00 cada – A cada 10 bexigas estouradas ganhava-se um
bichinho de pelúcia, acertei 8 – Derrubar todas as latinhas idem, ficaram 2.
Ganhamos 20 pontos de bonificação para trocar por um brinde simbólico.
– Olha que legal filha! Dá para trocar por um
brinde! – tentei alegrar minha filha, que ainda tinha os olhinhos cheios de
lágrimas.
– SIMBÓLICO! - repetiu a funcionária da
atração. E emendou... – Leva ela na
pescaria, lá ela ganha o prêmio na hora. – lá fomos nós.
– Nossa! Porque a pequena está triste? – perguntou a
atendente da pescaria, toda sorridente. Minha filha nada falou.
– Perdemos uma blusa dela no Rio
Bravo. – justifiquei. Se minha filha tivesse uma arma na mão tinha atirado em
mim.
– então vamos brincar pra ficar
feliz!
1ª vez pegou um peixe, ganhou uma caneca de
plástico = 10,00. 2ª vez, outro peixe, uma bola de plástico. Lembram daquelas
bolas enormes do Playcenter???? Então, não era uma daquelas, era uma pequena, uma
bexiga seria mais legal. Sensibilizado, um rapaz que estava no atendimento
disse:
- Olha, se eu fosse você, - olhou para minha
filha e depois piscou para mim. – Eu pescava este peixinho aqui. – apontou.
Foram-se mais 10,00.
- Eeeee viva! Um bichinho de
pelúcia... E fomos trocar no guichê. Uma caneca, uma bola roxa, para combinar
com as minhas, lembram da tremedeira? E uma pelúcia. Opa! Íamos esquecendo,
temos 20 bônus... Putzz! E aqueles 90
centavos? Por quê?
– vão querer trocar?
– Não vamos acumular. Adorei
tanto esse parque que vamos voltar todos os dias da semana... Disse enquanto
dava canecadas na atendente, mas... era só no pensamento. Voltei à realidade.
– Pode escolher! Tem rosa,
dourada, prateada, roxa, verde...
– Escolher o quê?
– O prêmio simbólico... – sabe aquelas
pulseira que quando você bate no braço enrola? Era uma dessas. Se a atendente
tivesse dado uma amigo imaginário para minha filha seria mais legal. Ah! Adivinha a cor que ela escolheu? Roxa
Bom, minha filha estava mais
calma, afinal de contas, GASTEI 50,00 e ganhos uma caneca, uma bola roxa, uma
pelúcia para por no pescoço e uma pulseira roxa, de enrolar.
Na saída, mais um lanche, esse
foi mais barato, 20,00. Nossa! Acho que eles se tocaram, tiraram aquele absurdo
dos 90 centavos, e ainda ganhamos três vouchers para trocar por passaportes, e,
vejam só, voltar de graça!!!! Isso mesmo, voltar de graça!
– Vale pro estacionamento também?
– Não só para os brinquedos.
– Todos????
– Menos as atrações pagas...
– Como aquela do TERROR???????
- Sim...
Fomos para o carro, mandei minha
filha sentar na cadeirinha e colocar o cinto. Liguei o som, AC/DC - Highway to Hell. Manobrei, era uma descida,
acelerei, arrebentei uma barreira de proteção e segui em direção ao cara que
distribuía os vouchers, as pessoas corriam de um lado para o outro, minha
esposa gritava, minha filha chorava... Alguém atacou um copo de refrigerante no
para brisas... Senti um beliscão... e voltei à realidade. Passamos a catraca
calmamente e fomos embora.
Na volta, decidi pegar a Marginal
Pinheiros, errei a entrada, fui parar em Barueri. Gastei mais 7,00 de pedágio.
Parei o carro voltei até a guarita, sentei na mureta onde ficava a cancela,
abri as pernas e mandei a moça descer a barra com toda força. Uma buzina me fez
voltar à realidade mais uma vez.
Piadas a parte. Sinto muito, mas
esse parque é “pega trouxas”, uma safadeza sem tamanho. Não sei se já foi
melhor, ou nós que tivemos muito azar, pelos relatos que busquei na internet,
acho que não. O parque tem problemas.
Meus caros amigos, NÃO CAIAM NESSA FURADA!
O lance do parque é ganhar grana
no estacionamento, que tem vagas para 5.000 carros. O tamanho é quase ou igual
ao tamanho do parque, e, também, na comida que é um absurdo. Uma garrafa de
água mineral de 500ml R$ 5,00.
Funcionários desmotivados, muitos
aparelhos desligados, quiosques fechados. Decadente eu diria. Nenhum palhaço ou
alguém fantasiado para brincar com as crianças. Nada! Aonde estavam os
habitantes do tal País?
Outra coisa deixou-me pasmo, o
tal do VIP Pass. Além de você comprar o passaporte, você pode adquirir o VIP
PASS, você compra, por mais 25,00, o direito de furar a fila. É isso mesmo que
você entendeu. Tem grana? Pode furar a fila. Enquanto nós, os trouxas, ficamos
4 horas na fila, o cara que comprou o VIP entra direto. É o Hopi Hari ensinando
o jeitinho brasileiro. Impõe dificuldades para vender facilidades.
Estamos muito, mas muito longe de
termos um parque temático que preste aqui em terras tupiniquins.
Áureos tempos aqueles do
Playcenter. Ou será que eu era mais
moleque e não prestava atenção nessas coisas?
Custo do passeio
Um passaporte – “Gratis”
Um passaporte - 79,00
Pedágio (já contabilizado meu
erro) - 22,00
Estacionamento – 40,00
Brinquedos pagos - 80,00
Lanches- 68,70
Combustível - 50,00
Blusinha perdida - 49,00
Total – R$ 388,70 ( até o
presente momento não engoli aqueles 0,90 no preço dos lanches)
Chegada ao parque 11:35
Saída do parque 19:15
Tempo gasto dentro das
brincadeiras (Spleshi, Katakumb – Aquele do “terror”, Lokolorê – Xícara Maluca, Giranda di Musik – Carrossel, Barraquinhas de brincadeiras, só 3 funcionando) +ou- 55 minutos
Tempo gasto em deslocamentos
entre brinquedos e “FILAS” +ou- 6 horas
R$ 388,70 por 55 minutos de
diversão. Essa conta está certa?
(Ok,ok assumo o erro, o pedágio
que paguei por ter errado o caminho. Menos 7,00 e a blusinha perdida, menos
49,00)
R$ 332,70 por 55 minutos de
diversão meia boca
Tenho 3 Vouchers para entrada
gratuita. Se alguém quiser é só entrar em contato
Deuzulivre, Hopi Hari, nem de graça!!
ResponderExcluirAdmitido que ri ao ler seu relato, mas ri de desgosto, sabe? Também sou "do tempo do Playcenter". E lá a gente brincava, sim!
Olha, esse parque está com muitas dificuldades. Mês passado perdeu o registro de Cia Aberta no CVM. A Bovespa parou de negociar as ações.
Sei não... acho que esse parque vai ser vendido de novo. Ou fechar as portas. Há anos opera em prejuízo.
Se não gosta não vai, acha que o Hopi Hari eh da aqueles parquinhos de festas??? Se toca, não gostou guarda pra vc e não vai mais
ExcluirAcho que você deu muito azar mesmo... Sempre gostei dos Paly e do Hopi ... Os dois são ótimos, é que o play era mais zuera! Concordo que o hopi hari é bem mais caro, mas se você der a sorte de ir no dia certo, você anda em todos os brinquedos e até repete!!
ResponderExcluirSe for para ser por sorte, melhor tentar a mega sena que será mais fácil ganhar, O que deveríamos fazer é exigir que o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO seja honesto e decente e tome as medidas para prender os administrares do Hopi Hari, pois são estelionatários e não empresários do setor de lazer e diversão. Devemos ingressar com ação nos Juizados Especiais para buscar os devidos ressarcimentos e solicitar que o juiz oficie ao Procurador Geral da Justiça do Estado de São Paulo encaminhando cópia para as devidas providências. Fui numa férias no Beto Carreiro World, lá sim foi uma maravilha... também, não tem essa de ninguém pagar para furar fila...
ResponderExcluirKkkk muito legal seu post , também já passei por isso no beto carreiro , a diferença eh q lá funciona quase td , mas fui em alta temporada, fila quilométricas , nem se compara com aí, da até desgosto , de ir no parque e ir em poucos brinquedos. ...e a comida muito cara. não aproveitei nada com meu filho ��
ResponderExcluirAinda tem os voucher sempre gostei de ir pro hopi....
ResponderExcluirAmigo..... a vida é assim ... vai p Disney .... ai vc vai ver o que é gastar .... e nossa perder esse tempo para expor tudo isso ... kkkkkkkkkk brincadeira até parece que esta sendo pago para foder com o Parque que ja foi o melhor da america latina hoje com dificuldades e ainda sim dando emprego e sobrevivendo ....
ResponderExcluirFlavio, nao viaja, o parque esta uma bosta
ExcluirParque de verdade se chama CEDAR POINT em Ohio USA. Diversão garantida sem limites, vale cada centavo.
ResponderExcluirNossa! Não me leve a mal, mas ri muito aqui! 😂😂😂
ResponderExcluirDepois desse seu "textão" até desanimei... Mas minha amiga quer ir... Ainda tem os "Vouchers"? 😁 =)
PERGUNTE PRA SUA FILHA SE ELA GOSTOU...
ResponderExcluirNÃO SE PODE RACIONALIZAR A VIDA!
VC VIU OS OLHINHOS DELA? TINHAM ALGUM BRILHO?
Você escreve muito bem, eu ri alto em vários trechos do seu texto. Estive no hopi Hari em 2001, estava novo e tudo funcionava. Mas eu lembro que era tudo caro mesmo: a comida, as lembrancinhas... Acho uma pena o parque estar quase fechando agora com duas ou três atrações funcionando, funcionários em greve por falta de pagamento e os restaurantes do parque fechado. Creio que muito em breve eles vão acabar fechando o parque de vez, e vândalos vão roubar o que restou, pixar tudo lá dentro e depois destruir a estrutura. Lamentável!
ResponderExcluir